quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Dores físicas

Tô achando estranho esse sistema
De andar mal da mente e ferrar com o corpo
A fonte dos recursos estão secando
Desde dinheiro a saúde
Troquei a vidinha pela chance de uma vida de verdade
Mas enquanto giram os ponteiros
Vou curtindo
Feito alho em azeite barato
O barato sem graça de uma ávida vida crua
To fechando porta na cara
E quando abro a porta
Viro a cara
To aceitando as desculpas que antes não aceitava
To me enganando fácil
Por qualquer piscada de tic que vira cantada pro ego desastrado
To contando migalhas
Além das horas
Dos dias
Dos problemas
Mas estou vivo
E se tratando de mim é muito
Sou mais forte que a maioria e com uma mão
Minha força tá no verbo
Minha proeza ta no espírito
Que insiste em me deixar
Mas não quer me abandonar
Porque sente pena de mim

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um dia após o outro

Família é uma coisa que a gente não escolhe
Amigos sim família não
Infelizmente perdi alguém de muita importância na minha vida, muita mesmo
Mas junto dela enterrei gente sem importância também
O sol lá fora tá brilhando cada dia mais amarelo mas aqui dentro da gente ainda existe um ar cinza de dor e desconforto
Como Deus é maior que qualquer coisa isso diminui qualquer dor
Andando pelas ruas encontro gente de todos os tipos
Os que riem da desgraça e os que choram por nada e se desesperam
A vida é feita para os fortes
Agora num momento como esse a gente vê quem anda até o próximo obstáculo e quem pára no tempo e se desespera
Lá fora ainda gente de todos os tipos
Os amigos, os amores
Os inimigos, os exploradores
Os acomodados os empreendedores
Tô me lixando pra essa gente sugadora sem amor a pessoas e que só ama dinheiro
Foi isso o que pesou até hoje
Sou temente a Deus e ele é um escudo feito de espelho
Onde todo o mal a mim desejado
Volta com força queimando a quem me desejou
Aos visitantes sem convite bem vindos mesmo assim
Eu não me importo com palavras
Mas sei que vocês sim
Então digo tchau, adeus, até nunca mais
O remorço é algo muito ruim
Ainda bem que esse é um sentimento seu e não meu
Testemunhas e provas tenho aos montes
Minhas contas eu quem pago
Eu nem tenho tv por assinatura mas um dia vou ter
Mas por meu suor
Pensa que não sabemos das coisas
Pensa que somos bobos
Que saber... adeus
Quem sabe agora o mundo aprenda a andar com proprias pernas
Sem explorar pai, mãe ou parentes
Sem chantagens
Ligações que abalam psicológico dos mais fracos
Quero ver agora
Se vira aí
Eu tenho a consicência tranquila
Mas será que são todos?
Carinho, amor, zelo, ajuda
Isso é para os vivos
Depois da vida
Não adianta se fazer nada
Tudo vira lamento
Desse meu amor que se foi
Ela tinha apenas uma preocupação na vida
E os pecados, se é que ela tinha
Eram relacionados a essa preocupação
Preocupação essa que não é minha
E que não é de ninguém mais
Tem gente que morre do modo natural
Outros que morrem mas são vivos ainda
Deus prepara somente os do modo natural
Do outro modo
Deus pergunta
Porque motivo alguém os matou
Como toda a verdade é doída
Escrevo isso e dedico a vocês

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Um Blues

Um blues num dia de céu azul
Pra mudar a face do dia
São tantas alegrias que eu até desconfio
Ah eu até desconfio
Pra um cara tão à flor da pele como eu
Qualquer beijo de novela
Vira choro de soluço
Na mesmice a gente vai levando a vida
Sem graça
E desanima
Todo o dia a risada é pra mesma piada
Todo o dia é a mesma noticia
Os mesmos mortos nas esquinas
Os mesmos corruptos, desculpas
As mesmas mentiras
Pra poesia que a gente não vive
Na sombra um olhar vagabundo
Você me aponta na cara
E eu me faço de surdo
Fazendo pose
Levando tudo na arte
A poesia é meu disfarce do desastre
Vamos cantar um blues de despedida
Pra monotonia da vida
A vida é curta demais
Pra ter dois dias iguais
Se o prazer é infinito
Levo a vida no grito
Ah no grito
Quero viver a realidade
Das coisas que eu acredito
Um blues num dia de céu azul
Pra ver se me garante
Uma novidade seja ela pequena ou grande
Ah pequena ou grande
O sol de cada dia é o mesmo sol todo o dia
Queimando a nossa pele e a gente nem percebe
Queimando até quem não merece
Segue assim a rotina
Cansativa
Mais um dia
Pra poesia que a gente não vive
Na sombra um olhar vagabundo
Você me aponta na cara
E eu me faço de surdo
Fazendo pose
E levando tudo na arte
A poesia é o meu disfarce do desastre
Vamos cantar um blues de despedida
Pra monotonia da vida
A vida é curta demais
Pra ter dois dias iguais
Se o prazer é infinito
Levo a vida no grito
Ah no grito
Devo viver a realidade
Das coisas que eu acredito

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Eu sou a Fênix

Entre cálculos malucos
Dívidas, juros e dividendos
Botando a casa em ordem
Ajeitando a família
Conforto, estabilidade, portos seguros
Estou caminhando um dia de cada vez
O meu propósito é um só e todos sabem
Larguei tudo pelo sonho
Mais que isso.....não é sonho
É ideologia
Visão de mundo
Minha maneira para não enlouquecer nesse mundo de meu Deus
E também achar algum sentido
Para o cidadão que quis me prejudicar
Para esse sim um processo bonito e bacana
É o que cabe para essa canção desafinada
Eu estou fora de cena
Mas o que fazem os atores que estão fora de cena?
Ensaiam e estudam para ficarem melhores
Vocês vão ouvir muito meu nome
E não por notícia ruim
Pois assim é fácil demais
Eu vou conquistar meu mundo
E alcançar meu sentido de vida
Olha quanta coisa bacana e bonita já conquistei
A melhor delas a família
E isso inclui de pais a esposa e filhos
Os pregos estão tortos
E já não machucam mais
Os sonhos agoram são reais, posso tocar
Uma louca visão de caminho hojé é guiado por mapas e rotas
Eu estou evoluindo e daqui a pouco estarei pronto
Psicologicamente pronto
Assim é que sou forte
É engraçado agora aos 26 eu aprendi no prático o que eu só dizia
Um beijo a todos
Vida londa e próspera como dizia um orelhudo do espaço
E parafraseando a mim mesmo novamente
Senhor dos sistemas
Quando estou fraco aí é que sou forte
Eu sou a Fênix

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Quase paraíso

Um filme de cowboy
Quase isso
Teatro do underground total
Assim resume minha estréia no teatro dos bairros
A não grata mão recuou o aplauso
Porem o recado foi passado
Ufa...
Não é reclamar demais não
Mas ainda não é esse teatro que eu quero
Tá, tudo bem, é só o início
Talvez passe por isso por experiência
De todo o modo
Qualquer coisa pequena é maior que a vidinha que eu retratei nos textos abaixo
Então
Eu tô é feliz da vida
Olhar e ver que estou no rumo certo
Passo a passo sigo em frente
E parafraseando a mim mesmo
Nenhum passo para trás nem mesmo para tomar impulso
E nessa vamos viver e prosperar
Quem acredita alcança
E ninguém vai me dizer o que sentir
O que importa agora é que no fim desse rio
Um oceano me espera
É no fim desse rio ....
Aplausos
O artista estreou a peça do começo de vida feliz

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O jogo ainda não acabou

De tanta asneira que passei e que ouvi
Agora no fim dessa reta antes da bandeirada
Eu estou me fazendo de igual
Igual aos dementes que foram ruins durante todo esse tempo
Perdão ..
Não !
Espera qualquer dia a surpresa chega
Injustiças cometidas
Gente falsa que não fala na cara o que realmente sente
Então vou nessa onda
Vou nessa levada
A gente vai voltar a se encontrar
E você escolha algum argumento bom para se defender

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Velha vida em vida nova

Abrem-se as cortinas
O showvai começar
Só não quero decair de futura promessa
Ao atual fracasso público do artista
Enfim novos ares
Novo rumos
Enfim coragem
Tomando posse do destino
Antes que tomem por mim
Abro mão de pré julgamentos
Medos familiares
Vou leve
Somente guiado pelos desejos
E ambiçoes pessoais
Como é bom isso
Vocês nem sabem
Libedade de escolher o que fazer
Poder do sim e do não
Sentir-se útil e honesto comigo mesmo
Vou começar a viver
Eu e meus amores
Vem comigo
No caminho eu te explico
Demorei tá, eu sei
Mas tomei coragem
Largo tudo em busca de realizar um sonho
Se posso sonhar posso realizar
E NINGUÉM agora é capaz de me intimidar
De me botar medo ou fazer desistir
Estou completo e sei exatamente onde colocar os pés
Se quiser siga meus rastros
Nas marcas das pegadas que eu deixei por ai.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Essa é para vocês!!

Simplesmente (Simply) a música que me inspira todos os dias, a mais perfeita canção na minha humilde visão .
"For Your Babies"



Eu acredito em vocês !!!

Ultimas do meu desespero

Chega
Essas normalidades não me atraem
Eu to em outra
Em to em uma
Cheio de xinfra e de pose
Medo sim
Mas e daí
Tudo isso faz parte
Acerta a luz e o foco
Capricha no disfarce
Gentinha careta
"ordens são ordens, regras são regras"
Besteira
Pro meu modo de pensar
Cada um tem seu ritmo
Tem sua vida
Quer seu futuro
Ta na hora e eu começar a controlar o meu futuro
Antes que alguém controle ele por mim
To cheio de medo
Eu confesso
O que vai ser amanhã sem cartão pra passar
Sem dim dim no cartão alimentação pra gastar
Sem a vidinha simples e singular
Sem a falta de brilho dos dias
Sem gosto, branco, cinza
Será?
Ou sou eu que não tenho paladar?!
Quando a gente não curte miss Brasil vira menina sem sal
Biribinha vira bomba nuclear
Ta certo, eu sei, vou me controlar
Mas os caretas estão em todo o lugar
9 horas do dia
Com gentinha que só sabe ver o tempo passar pra ir embora
Pra manha de manhã mais uma vez
Olhar no relogio e torcer pro tempo passar
E chegar sabado, depois domigo
Como o açucar que disfarça o sabor amargo do veneno do chá
Blá, blá, blá
Papo de frustrado esse
Palavras do meu Subterfúgio
Vou mudar as rotas sem gps
Google maps, Guia mais etc e tá tá tá
Assim você me deixa louco
O certo é que estou e aqui não é meu lugar
É certo que o que vem me da medo mas vou me controlar
E o futuro a Deus pertence
Pode ser mas o presente é meu
Uma dose , um cigarro pra me encorajar
Vamos embora pra vida e cantar
Um blues de despedida
Pra essa monotonia evasiva
Um gole do chá?!





quarta-feira, 17 de junho de 2009

Agora tenho você meu bem

A vida inteira
Eu procurei
E triste até chorei
Por não encontrar o grande amor
Agora enfim
Fique sabendo
Eu encontrei
É você meu bem
É seu o meu carinho
Meu sorriso
É nossa a estrada
Sem você tudo é tão ruim
Eu sem coração
Metade
Cansada de chorar
Hoje sorri
Guarde somente as coisas boas
Me guarde aí
No melhor lugar
Fique sabendo
Que eu nunca fui feliz assim
E eu nunca mais vou deixar
Você
Eu nunca mais vou me deixar também
E eu nunca mais vou deixar você

Eu nunca mais vou me deixar
Deixar você
E nunca mais também tão só

(baseado na canção preferida)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Vida

Fio de navalha
Linda frágil
Ontem bom dia
Hoje adeus
Tanto disso todo o dia
Quem disse que a gente se acostuma..

terça-feira, 19 de maio de 2009

Meus mundinhos, to aprendendo a crescer

Lá fora a vida vai passando
Reparei ontem a noite
Que não morava mais com meus pais
Que não era o filho do quarto ao lado
Que não era minha cama de solteiro
Meus móveis, meu quarto, minhas coisas
Que tristeza absurda
Passou e só ficou esse registro na memoria
Que insiste toda vez em fazer derrubar lágrimas
Veja só eu
Quem diria
Tenho o meu quarto com a minha esposa
E no quanto ao lado
Um filho meu
Que eu mesmo fiz ( é o que dizem)
Tudo se inverteu
Mas eu ainda sou garoto
Os sonhos são os mesmos
Posto que não realizei nenhum
Entende o choque?
Entende o meu conflito?
Ainda vivo naquele quarto, naquela cama de solteiro
Com aquelas paredes ao redor
Não caiu a ficha
Mas também não pode cair
Senão me acomodo com essa figura de adulto responsável
Tá certo
Sou o que sou
Só mudei de quarto
De cama e de figura
Não me deixe envelhecer sem meus sonhos
Não sou desse mundo de normalidades
Agreditem estou num processo de encaixe desses dois mundos
Se me encontrarem triste ou alegre demais
Sem mais nem porque
Tudo isso que escrevi é a resposta
To evoluindo
Pelo menos eu acho que estou
Aprendi tanta coisa
E aos poucos vou sendo bom em tudo
Controlando saudade que é passado
A vida de agora como presente
E sonhos realizados pra futuro
Lembrando que o futuro é um segundo adiante

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Saboroso indigesto

Eu porcelana barata
Me cansei de blá blá blá
Quero mais grana e saúde
E ter o mundo nas mãos
Mas ninguém sai de cima do muro
E vive entrando pelos fundos
Esse chove não molha
Leru, leru, lenga, lenga
Cansei
O mundo é vitrine
Tem gente que não se respeita
Dinheiro não compra atenção
Nem afeição
Por favor vê se trate bem o seu bem meu bem
Entretanto, todavia, porem
Eu amei demais
Corro o risco de um infarto por isso
Da licença
Qualquer divisa eu salto por cima
Acho graça das virtudes perdidas
Respeito é algo sobre admiração
Por conduta sim
Dinheiro não
O que me da nojo é gente nojenta
Sou imparcial
Anti lambe lambe puxa saco total
Tenho minha opinião
Seja suave ou ardida feito pimenta malagueta
Sou politicamente ambidestro
Indigesto as vezes
Mas qual verdade não é
Como vai?
Eu vou bem
Faço pouco
Mas ainda hei de fazer muita gente feliz..


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Quanto amor

Pra continuar sendo o mesmo
Ando sempre mudando
Uns chamam de me vender
Eu até mesmo já achei isso
Mas vejo agora que podemos abrir mão de tabús ou barreiras sem sermos vendidos
Avante
Nenhum passo para trás
Nem mesmo para tomar impulso
Ando em evolução
Para chegar a eternidade
Divido tudo o que aprendi
Assim vivo para sempre
Um poquinho de mim em cada um
A cada gripe
A cada briga
A cada não
A cada soho perdido
A cada impossibilidade
A cada limitação
A cada imperfeito
Me destruo
Mas me faço melhor no outro dia
Porque quando estou fraco é aí que sou forte

terça-feira, 5 de maio de 2009

Por aquela janela...entre a sola e o salto do sapato alto dela....

Tento maneirar na emoções
Amo muito e amar demais trás preocupações
De uma certa forma eu consigo ir levando
Consigo respirar
E viver feliz
Tanta coisa que eu não conheci
Sou pequeno perto da grandeza de tudo
Das pessoas
Das palavras
O que quer que eu fale é incerto e imperfeito
Será verdade absoluta?
O que é verdade?
Eu tenho 360 graus de direções a tomar
E acreditem apenas uma é a certa
E acreditem eu não sei qual é
Já dei muitos tiros a esmo
Mas estou no limite de errar
Eu não posso mais me dar a esse luxo adolescente
Infelizmente nunca quis ser engenheiro, médico ou pastor
Felizmente sou ator
E haja o que houver eu sempre vou tentar
Uma hora a porta errada vira a certa

terça-feira, 28 de abril de 2009

A paisagem que vem depois da curva

O que vem depois da curva,
Depois da onda,
Por de tras do mar?
Cada dia perfeito que eu já vi nascer
Cada manhã brilhante
Muita vida
Muita luz
Sabe no fundinho eu não to bem
Além de confuso com futuro
Com essa etapa de risco que planejo
Eu não me sinto bem
Sabe em dias que o fio entre a sensibilidade e a brutalidade é quase invisível
Em que o fundo do poço e o pico do morro são dois passos que os separam
To chorando até com Susan Boyle
E isso é normal?
E nos últimos capítulos da minha novela
Um sentimento de perda
Ando realmente sozinho
Perdido nessa multidão
Se eu conseguir fazer como faço atuando
Me zerar pra criar um personagem
Me zeraria agora do que me atrapalha
Do que me deixa longe do meu happy ending
Zeraria o gemeo ruim do meu signo
Ficaria só com o gemeo bom
O Gemeo feliz
Não sou um descontente
Nem esse texto traduz um espirito
É só esse momento
Não precisa se preocupar
Amanha escrevo dias melhores
Afinal
Eu já vi cada dia perfeito nascendo
Cada manhã brilhante
Muita vida
Muita luz
Muita chance....



sexta-feira, 17 de abril de 2009

No embalo da rede

Cazuzando um pouco pela vida
Palavras e frases fazem sentido
Eu tambem quero a sorte de um amor tranquilo
E todo amor que houver nessa vida
E to perdido bem na porta da minha casa
E as migalhas dormidas?
Onde estão minhas migalhas?
Daqui pra frente é incerteza e solidão
Sou ator procurando espetaculo
Esperando enredo
Cena e atuação
E a cena da novela parece minha vida
Entre mutantes e incendiarios misteriosos
Vou levando meu pensamento longe
Não penso em fracasso
Tão pouco em sucesso
Penso em fazer
Vamos embora pra vida
Aos 26 ainda do primeiro tempo
Cada minuto de jogo é prorrogação
Morte súbita
A decisão vale apenas o título
Da felicidade do resto da minha vida
E o segundo lugar
Ainda é
Do primeio perdedor
To me preparando
To observando

terça-feira, 14 de abril de 2009

Sim eu sou coelho

Eu que já fui até papai Noel
Mesmo com essa cara de Grinch
Fui até coelho
Como é lindo a mágica
O encantamento
A emoção
Isso é vida
Infância
Tem que passar por isso
Tem que viver
Senão qual a graça?!
Tem que sonhar sim
Acreditar na mágica
No impossível
E até no inexistente
Criança tem que ser poupada
Viver num mundo onde existe sim coelho com ovos de chocolate e Noel
Cada emoção pequena
Deixa um gigante mais jovem e feliz
Que lindo o encantamento
E eu na figura de protetor
Vou além da proteção
Pai não é só isso
Sou criador de ilusões
Cultivador de sonhos
Noel, coelho e o que mais for
Porque além de querer te fazer feliz
Isso me faz um bem danado

segunda-feira, 30 de março de 2009

Sobra de tempo da nisso....

O meu quadrado

Leitura talvez seja uma enorme vitrine
Quando o escuro de uma convivência fria e sem intimidade distorce a personalidade
Talvez por ser geminiano consigo me fazer de varios
Ou talvez seja a maneira de demonstrar, interpretando, que posso ser quantos eu quiser
A maioria das pessoas que tem alguma opinião sobre mim são as que me fazem rir por não me conhecer
A maioria chuta, arrisca e erra feio
Sou a medida certa para o que convem em determinadas situações
Calado em ambiente que não me cabe, que não me interessa ou que já fui julgado sem me conhecerem
Comportado pra convencer
E palhaço sarcastico ao natural quando me sinto a vontade, livre sem pré julgamentos
Meu talento aflora
Meus instintos ficam livres
Sou como sou
Julgar talento e capacidade pelo convivio de dividir mesmo sofá ou mesma mesa de jantar não é conhecer
Vai errar como anda errando até agora
Tenho cordas nos pés as quais eu mesmo me coloquei
Na postura de pai e marido sou leão e comedido
Mas tenho dentro de mim mil sonhos, já os tinha antes
Não sou desse mundo de normalidades
Vidinha simples e comum
Quanta bobagem isso de ficar nervoso pelo que não se ama
Enquanto a vida for uma e essa vou atrás
Pra quem vê pode pensar
"loucura", "difícil", ou "você não serve pra isso"
Mas o quanto você me conhece?
O quanto me viu fazendo isso ou aquilo?
Dificil é tudo aquilo que se busca vencer, que se busca ser o melhor
Não me conformo com vidinha
E isso é discurso de gente acomodada
E acomodado eu não sou
Posso até estar enganado ou me enganando
Mas isso é prova minha
Eu tenho que saber as respostas
Eu e não vocês
Suas ideias não correspondem aos meus fatos
E pra por ponto final nisso tudo
Como diria a grande poetisa
"Ado, a ado...."
É bem por ai

sexta-feira, 27 de março de 2009






Para seus bebes

Você está com aquela aparencia novamente
Aquela que eu esperava que tivesse quando era um rapaz
Seu rosto está simplesmente luminoso
Seu sorriso me deixa orgulhoso
(deixa)minha pulsação como uma montanha-russa
Qualquer que seja a direção,os quatro ventos que sopram
Vão me enviar navegando para casa
Para você
Ou eu voarei com a força de um arco-íris
O sonho de ouro está esperando em seus olhos
Você sabe que eu faria quase qualquer coisa que você queira
Ei,eu tento te dar tudo o que você precisa
Eu posso perceber que isso impressiona você

Eu não acredito em muitas coisas
Mas em você eu acredito


A confiança dela é surpreendente
A dor pela qual ela passa
Contida na esperança por você
Seu mundo todo mudou
Os anos passados anteriormente parecem mais nebulosos que tristes
De muitas formas seu bebe está no controle
Enquanto que você não repousou durante dias
Para os pobres não há tempo para ficar pensando
Eles estão ocupados demais encontrando os caminhos
E eu
Eu sei que faria quase qualquer coisa que você queira
Ei,eu tento te dar tudo o que você precisa
Eu perceberei que isso impressiona você

Eu não acredito em muitas coisas
Mas em você eu acredito.

Ei,eu sei que sabe que eu faria quase qualquer coisa que vc queira
Todos os dias eu tento te dar tudo o que você precisa
Eu sempre estarei lá por você

Eu não acredito em tantas coisas
Mas em você...

Simply Red

segunda-feira, 23 de março de 2009

As coisas tortas

Resolvi consertar coisas tortas
Ao começar pelos dentes
Empurrados pelo ciso
Maldito
Pra que serve?
Minha boca feito dutra em engarrafamento
Agora empurra e empurra pra voltar aos eixos
Tosse
Febre
Corpo ruim
Tomei uma surra de um ser microscópico
Maldição
Injeção
E mais tosse
Putz, ando fraco
Mas sou forte
Vaso ruim
Porcelana barata
E você vaso marrom enganador
Vaso não..... xícara
Ao que cabe sempre
Entre o chá
E o veneno
Como resolvo consertar as coisas tortas
Espero que esse texto sirva pra você

segunda-feira, 16 de março de 2009

É cada uma....

É cada uma que a gente ve
Cada coisa que a gente ouve
Aprendi a conviver com os idiotas sem me contaminar
Estamos vivendo em tempos de loucura
Cada gente estranha sem sentido
Cada pecuinha vira bomba nuclear
Cada pergunta as vezes com estupidas respostas
Onde isso vai dar
Nem quero arriscar palpites
Tenho medo de apanhar
Minha força está no verbo
Deixa isso pra lá

Os obstáculos foram feitos para serem superados

Como é dificil escolher ser feliz
Largar os costumes
A vidinha
O salário
A certeza do mês a mês
Como é difícil apostar na felicidade verdadeira
Como é difícil tentar não ser mais um
Como é complicado deixar a vidinha

Partir pros desejos
E não deixar a vida ser vivida em vão
Tentar
Testar
Apostar
Não ser careta nem covarde
Como é difícil não ser igual a todo mundo
Não querer o mesmo mundinho
Não se conformar com as mesmas coisas
Querer outros caminhos
Ter outros objetivos
Como é dífícil
Mas eu adoro o complicado
Adoro mostrar que eu estava certo
E desta vez não vai ser diferente
Não
Não vai ser diferente
Quer pagar pra ver?

quarta-feira, 11 de março de 2009

Meus amores

Meus amores
Zelo por vocês
Minha preocupação
Minha maior alegria
Quero sorrisos todo o dia

Gestos e sinais de amor
Amo tanto
Tanto amor
Sou vocês
Vocês me fazem e me criam todo o dia
Faz isso aqui ficar bonito
Faz isso aqui ter algum sentido
Amo e tanto amor
E como o amor se mostra
Presente
Frequente
Intenso
Todo o dia
Pra sempre
Amo vocês
Amo ....

segunda-feira, 9 de março de 2009

Quase ninguém no bar, só silêncio e paz
Onde isso vai dar? Tanto faz.....

sexta-feira, 6 de março de 2009

Todo lugar é só mais um

Mesa de bar pra completar
Noites quentes de calor
Nem bebida gelada refresca os pensamentos
De gente a gentinha

Estão todos alí
De festa a fossa
Pra mim quem está aqui tanto faz
Ando em paz
O que é que eu vou contar
O que é que eu vou fazer com esse lugar
Depois que a festa acabar
Ninguem pra dividir nem pra somar
Nem tempo pra esperar
Todo lugar é só mais um
No meu interior misturo tudo
E ainda há pouco demais pra lembrar
Mesa de bar é sempre assim
Frio ou calor
Misturando Gin
Tudo é melhor se for por amor
É melhor assim
Céu e chão pra variar
Quanto tempo faz que eu cheguei aqui
Quase ninguém no bar é melhor partir
Briga pra dormir
O silencio me fazcolo pra eu subir
Tanto lugar e todos são só mais um
Mudo então pro Run
Madrugada pra eu virar
Todo céu é chão
No meu apartamento a solução está devagar
Sem tempo pra lembrar nem recordar
Sem mesa de bar
O que é que eu vou contar
O que é que eu vou fazer com esse lugar
Depois que a festa acabar ?





terça-feira, 3 de março de 2009

A mais bela canção

Não quero fazer sofrer
Nem ser lágrima
Nem tristeza
Quero ser o que te alimenta
E nessas noites frias
Ser o que te esquenta
Ser amor e ser mais
Necessário
Quase feito mãos e braços
Coração
Entre todos os pedidos
Ser desejo
Atração
Ilusão maquiada de perfeito
O filho perfeito
O marido bem vindo
O pai companheiro
A pessoa mais simples
O menino que amava
Ser o destino
Seguro
Mesmo se eu me parecer inseguro
Amor que reluz
Brilho que acalma
Dicionário de palavras finas
Macias
Que alisam a alma
Ser bom do início ao fim
Ser mais sorriso do que sem expressão
Quero andar junto de mão dadas
Fixar em teu pensamento
Morar em teu coração
Como a mais bela canção

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Minha alma Intacta

Saudade
Só do que eu ainda não vi
Do que vivi só a lembrança
As vezes amarga
Na maioria doce
Saudade, amor

Deite-se aqui
Escreverei em tua pele toda saudade gotejada do sangue que desce de minha saliva
Suor de tanto amor
Lágrimas que eu jamais quis ver cair
Gota a gota a tristeza vai
Mas pergunta ainda é de onde ela vem
De onde desemboca a tua alma desgraçada da pureza que meus olhos dormem
Onde caem teus anjos e dias turvos onde ninguem dorme
Saudade palavra que ninguem traduz

Ou talvez não exista neste bosque perdido de minha alma intacta
Ou então somente delírio do meu coração solitário
Saudade, período
Vai passar.....



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Atores de um personagem só

Fico triste
Pelo orgulho afetado
Pelo ego ferido
Tenho pena da inveja dos fracos
Com suas vidas vidinhas
Seus costumes e suas rotinas
São felizes?
Quem vai dizer
Não almeje o que é dos outros
Não esbraveje com brilho não teu
Persona não grata se torna
Acho bacana esse seu "sou inteligente"
Mas de tanto disfarçar com palavras difíceis
Acaba tudo não tendo sentido
Só pra ti
Que as constrói
Só a ti te surpreende tal inteligência
Eu no ar da minha ignorância
Me pareço fútil a você
Se sim, tanto fez
Se não, tanto faz
A gente se encontra numa dessas
A gente se vê por aí
A gente conversa em bate papo
E se indago uma fala
Não te faz sorrir
Contesta com inteligência burra
Como água turva
De belo que és
Não és mais

E como outros atores de um personagem só
Se amarra a vidinha simples
É o que te cabe
É o que te serve
Eu te aceito
Então não julgue meu modo de vida
Chegar primeiro prova razão
Eu já estou indo
E você vai?

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Quem é burro só copia.

O crescimento a qualquer custo
Aparecer, aparecer e mais aparecer
Crie suas ideias
Cante suas canções
Não se baseie na criatividade e talento dos outros
Que coisa feia
Nem você acredita que pode
Se sim
Não copiaria
Criaria
As ideias são reverenciadas
Admiradas
E são fontes de inspiração
Não plágio barato
Não cópia infiel
Há um jeito pra tudo
SIga sua própria sombra
Minhas ideias são minhas ideias
As suas de hoje são as minhas
Crie seu enredo
Cria seu estilo
Sem traços
Sem lembranças
Sem roubo
Você imaginava enquanto me ouvia
Agora a intensa conclusão
De que
Quem é burro só copia

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

É por esse caminho

Tá demorei um pouco eu sei
Mas veja estou indo
Entre sonho e realidade
Meus pés nos chão
Lúcido e certeiro
Assim os sonhos viram reais
E vão virar
Meus documentos
Meu passaporte
Minha liberdade
É isso então chega
Não tem conversa
Não tem assunto
Nem duas verdades
Não sou rascunho
Sou peça em cartaz
Não sou menino
Não mais
Abram as cortinas
To subindo no palco
Luz e cor
Meu brilho próprio
É esse o caminho

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Eu e meu lar, minha casa e eu

Sento a mesa
Me sirvo em família
Indigesto prazer
Simples rotina
Em casa sou mais eu
Tudo meu me garante
Entre livros importantes
E escritores famintos
Eu e minhas crises
Mudanças de humor
Nem eu me suporto
Transformo tédio em amor
Será mesmo que eu consigo?
Então sento no chão
Jogo merdas no ventilador
Tudo me volta na cara
Desde carinho e desamor
Em casa eu sou mais eu
Mais simples
Sem xinfra nem pose
Sem roupa e sem posse
Nada pra provar
Ninguém pra convencer
Tudo tão singular
Redondo
Como o mundo deve ser
Eu e meu lar
Minha casa e eu
Meu espirito e meu lugar
Meu escudo e minha sala de estar
Alguém servido pro jantar?

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Vê se acorda menino

Ta tudo certo
Menino mimado
Ambições pequenas
Preguiça
Sempre a maldita preguiça
Suor moderado
Dedicação comedida
Lá fora já são quase meio dia
E tudo espera por você
Será que ao menos desta vez
Não vai abandonar o navio
Jogar a toalha
Desistir de tudo
Tem pena de sentir pena de si mesmo
Não é menino prodígio
Nem pato feio
Espera do céu?
Espera bater a porta da casa?
Oportunidade e comodidade
Não são combinações perfeitas
Vê se acorda e reage
Já não é tão novo
Não cometa os erros de adolescente
Já não colam mais
Já não cabem mais na idade
Vê se aprende garoto mimado
Toma posse
Assume o risco
Paga pra ver
Cadê a coragem de que tanto se orgulhava
Se não fizer
Vai ser apenas mais um a bater palma
Mais um pra dizer
“eu poderia ter sido”
Mas não foi
E isso é frustrante
E me parece também um tanto imbecil

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Os amadores

Os atores amadores
Falam demais
Brigam por mixaria
Decoram sem improviso
E a arte se esconde
Sobra essa baixaria
Alguma coisa ficou no caminho
O brilho se foi
Ficou pedra, flor e espinho
Ah eu tenho pena dos ignorantes
Criam seus textos
Se acham importantes
O brilho do ator principal
Desespero do coadjuvante
Misturando sai tudo igual
Qualquer troféu de papel
É tão significante
Bairrismo
Estrelismo
Ah, um dia isso passa
Vai perder a graça
Vai juntar a sua coleção de sonhos perdidos
O delírio desapareceu
Só o retrato vazio
Junto de um troféu
Que junta poeira desapercebido
Ah quanta bobagem
Os amadores são obstáculos
Números pra preencher espetáculo
Por mais bem feito que faça
Por maior vontade que parece
Por mais delírios e amores
No fim eles são só amadores
No fim eles sempre são só amadores

São só amadores

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Por dividir comigo os dias e a vida, essa é pra você. Sou um rapaz complicado, mas com você tudo fica fácil. Minha estabilidade, meu ponto de equilíbrio.

Meu vício agora

Eu dividido
Entre meus princípios e meus desejos
Entre a hora certa
E o alvo
Entre o obvio e a meta
Sou pele pra você
Usar por baixo da roupa
Sou grão
Sou gota d’água
Sou a dança na tua boca

Sou eu entre teus lábios
Sou eu em teus cabelos
Sou eu quem sai do fundo dos olhos
Transpiro seu cheiro
Sou eu entre teus poros
Canto canções de amor e não de guerra
Sem relaxar no gatilho
Sou cinza e você tão cheia de brilho
A inspiração que preciso é você
Nenhuma droga
Só um vício
Você
Entre tanta conversa
Dividimos destinos
Somamos sem deixar cair
Laços que se fazem
Gestos que nos unem
Amor pra vida inteira
Vida de imenso amor
De tarde quero ouvir tua voz
De noite quero me perder
Entre teus segredos
Ser ator principal
Entre teus desejos
E sonhar com você
Acordado
Fantasiar
E de tanto amor
Me esquecer
No calor que não é chama

Me cobre de sorrisos
Me faz chorar de saudade
Sentimento que ninguém pode entender
Nenhuma droga

Só um grande vício
Você


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Nem toda poesia reflete o meu dia, a maioria sim, mas tem exceções como a poesia "É só por hoje" onde retrato uma vontade enorme de que tudo saia bem, nem que seja por apenas um dia.

É só por hoje

Estou vivo
Veja que lindo !
O dia
A manhã
As chances
A família
Os amores
Os amigos
Veja que lindo !
O ar que eu respiro me enche de amor
Sorriso de criança
Minha criança
Como é bom ouvir que é amado
Que é importante
Que coisa boa !
Tudo gira redondo
E o mundo
Só por hoje
Parece meu lugar
Veja só como é lindo !
Deus em todo lugar
Flutuo suspenso no ar
Nem imagino outro futuro
Como é doce a companhia
Como é lindo o amor
Só por hoje
Tudo tem sentido
Tudo tem ritmo
Tudo tem solução
Veja como é lindo
O Brilho do olhar
O sorriso
O luar
Um lugar
Tudo é meu
Sem cercas nem fronteiras
Tudo é rico
Só por hoje
E é só por hoje

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

"Nunca brinque com sua comida
A não ser que você já tenha comido seus brinquedos"

Eu que já fui príncipe

Eu já fui principe
Hoje o que virei ?
Comparações negativas me abalam
E eu me esforço tanto
Tropeçam em mim pela casa
Nem bom dia
Nem boa tarde

Nem te amo
Os meus dias ruins
são mais ruins assim
Quando não sou importante pra nada
Ninguém se interessa
Ninguém conversa
Ninguém se comove
E apontam em mim minhas falhas
Minhas falhas
Nem bom pai
Nem amante
Amante do verbo amar
Sou um ser inconstante
O melhor de mim onde éstá?
Onde está?
E essa engratidão
Me enterram as virtudes que eu plantei
Eu como qualquer um com acertos e erros
Me cobram demais
E eu não consigo ser mais
Se me afasto crio dias perfeitos
Perfeitos a vida de alguém
Não a minha
Se não sirvo pra nada
Onde acho a graça
De viver sem ser algo bom pra alguém?
Ouço lista de melhores que eu
No amor e paternidade também
No espelho a visão é de um ninguém
Perdi minha vidinha
E meu mundo também
E os meus pés que antes tocavam o chão
Hoje não
Quem toca o chão são meus joelhos meu bem
Nesse fio de navalha
Minha presença é nada
Se aqui é assim
Como será lá no além
Como disse uma vez a contora no bar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

1999 - Minhas Tribos ( meu divisor de águas )

Adolescente dezesseis
Não me conhecia nem de corpo nem de rosto
Menino careta pensando
Sucesso, música e início de bebedeira
Cigarros sem trago
Comendo fumaça
Um atras do outro feito chaminé
Um amor
Menina bandida
Meu primeiro tudo
Seja bem vindo ao mundo !
Cresci minha imagem com mentiras e verdades
As verdades viraram mentiras
Mas eram verdades
Amei demais
Menti como forma de administrar esse amor
Nunca tinha vivido aquela vida
Ela experiente
Eu menino mimado
Por fim perdi
Por fim me virei desde então
De lá pra cá muitos erros
E acertos
Certeiros
Pra compensar
Não estou justificando nem pedindo desculpa
Estou me mostrando
Cresci
Já sem tempo
Hoje de menino só retrato antigo
Só lembrança e saudade
Eu tinha dezesseis
Ninguém me entendia
E eu não entendia ninguém
Hoje em vinte seis
No que cabe na idade
Quase nada sei


O amargo

Triste o entardecer
Anuncia o fim do dia
De eterno nem o céu
Nem o Sol
Nem o amor, posto que é chama
O frio do entardecer inflama a ferida aberta chamada coração
E engana
Ainda mais
Quem vive de ilusão
Da certeza do certo
Da direção dos olhos cegos
Cegos de paixão
A noite negra como a morte
Vem sem anunciação
Amando a mal amada
Amargurada de solidão
O só, o solto e o leso
Lesado te partilha o não
Já nua sem amor e sem afeto
Te vinga à mão aberta sem razão
De recompensa um sorriso discreto
ParadoxoAmor que não amor
Jura que ama eternamente
Vive intensamente cada estação
Com saudade do frio que já foi verão
Se pedis pra voltar
A noite ainda mãe da solidão
Ignora outro filho
Dorme a noite sem silêncio
Nua sob o olhar da tua negação


( essa poesia é de 2003 )

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Gentinha

Amanheceu o dia cinza
De tarde cinza
E noite de breu
Não lá fora
Aqui dentro
Brigas individuais
Gestos e agressões
Mundinho de sobrevivência sem legenda
Não entendo
Eu não entendo
Hierarquia burra
Come mortadela
Arrota caviar
E são tantos assim
Tantos
Tantas máscaras
Tantas interpretações sem personagens
E o meu mundinho cinza
É grande perto disso tudo
Da até pra eu me perder
Eu comigo sou unanimidade
Nós dois pensamos assim
Encaro tudo
E vou ser grande
Gigante
Maior que a sombra
E essa gente careta e sem propósitos
Vão ficar
E eu no barato do mundo
Clareando meus dias
Azul é a cor do meu mar
Ei, olha só o que vejo !
Arco Íris

Eu por si

Certas poesias
Verdadeiras piadas
E não falo de versos e prosas
Falo da poesia da vida
Pra que me entender?
Se tão pouco sabes
Nem metade sabes de mim
Minhas leves pegadas sem deixar rastro
Como areia na praia apaga a pegada
Com onda do mar
Pra que buscar o paraíso?
Pra que buscar o teu perfeito?
Se até mesmo os mais normais são imperfeitos
E você não é espelho
Ah eu não sou espelho
Único e singular
Variavel que não muda
Estavel como prédio pós terremoto
Eu não caí
Mas me ergo com jeito e elegância
Umbigos encardidos
Cuidem dos seus
Que o meu ta guardado
Tá limpo
É meu .

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Fada sem asas

O amor é imperfeito e incompleto
Porque antes de amor somos pessoas
E não há sequer no mundo uma perfeita

Nem pra si
Nem pra alguém
Deposite suas fraquezas em você
Não espere que a felicidade venha de um outro alguém
È egosimo pensar assim eu sei
Mas acontece que só eu sei o que já passei
Amor tem limite de satisfação
Exigir além é invasão da capacidade de amar
É esmolar sorriso e gestos que não cabem
Vai soar falsidade toda vez
O sincero é singular e espontâneo
É o que cabe na emoção e mais nada além
O amor é incompleto e imperfeito
Mas por mim
Tudo bem

A fórmula

Vidinha fútil
Viver é realmente isso?
Acordar deitado feito morto vivo
Conviver forçado com inimigos

Amores distantes
Vida passa
E eu não vejo
Não acompanho
Só vejo um Flash
O rascunho do que é meu
Que eu criei mas não vi
Quanto tempo tô perdendo aqui
Quantos abraços e sorrisos eu perdi
Lá o mundo passa enquanto meu relógio
Quer me envelhecer
Quer se despedir
O mundo é mesmo isso ?
Qual o sentido se tudo for somente assim?
A rotina é comprimido pra vidinha
Tem gente que não liga
Que não tá nem aí
Quando vê passou, já foi, já era
É tão tarde até pra se despedir
E o meu olho grande cheio de ambições
Traços rotas mudo o mundo sem lamentações
O que eu quero pego e faço
Rabisco e apago
Eu só quero o sentido pra isso tudo aqui
Não é só isso!
Eu sei que não é
A vida é maior que esse blefe tão voyeur
E quando eu encontrar
Adeus radar
Vou começar a vida
De meu jeito
Vou seguir

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

De volta a vida

Eu sai da estrada
Dirigi por entre ruas que eu criei
Imaginado mil destinos e viagens
Plantando as pegadas que eu deixei
Ninguém me supreende mais
Eu já vi tanta coisa
Absurda e abstrata
E eu dei mais do que eu podia pra você

Me vendi
Me enfeitei
Minti pra convencer
Que hoje eu não me reconheço
No espelho essa figura não sou eu
Devo ter deixado alguém nessa viagem
Ou será que foi eu mesmo que eu deixei
E agora que essa febre já passou
Coração em carne viva
Se é viva tudo bem
Eu não surporto essa mentira
Que agradar que nada
Nada de enganar com a própria vida
Será amor?
Agora que essa doença já passou
Vou atras das minhas virtudes que eu deixei
Eu estou de volta a vida
Quero retomar as vontades que eu abandonei
Nessa estrada
Tenho o dom te trazer pra perto
E a vocação de te afastar
Mas tudo bem
Tenho mais virtudes do que vícios
Tenho mais amigos
Que paixões
As paixões são tantas que eu nem contei
E o meu paradeiro
E o rastro
Entre flores e feridas que eu causei
Entre todas uma amiga triste
Tumores e entre linhas
Que eu não cicatrizei
E eu estou de volta a vida
Sem estradas nem passagem de volta
Só de ida
Vou viver meu recomeço
E o resto agora tanto faz
Eu me libertei

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Na sua

Percorro esse teu mundo
Tentando entender os sentidos
E nesse papo profundo
No fundo é tão divertido

E a linha que a gente percorre
Quem vai dizer que é a certa?
Nem eu nem você nem ninguém
Tem qualquer chave mestra
Calibres apontados na testa
Disparo em verso profundo
Minha força é no verbo
Meus olhos claros e escuros
Tem dias em que tudo acontece
Tem dias em que brigo com o mundo
Me abrigo nos braços de alguém que nem conheço
Segurança
Peço colo feito criança
Quem vai dizer que isso acontece
Com a gente e com mais ninguém?
Mentiras nas verdades
Que
eu contei
Você não tem idéia do quanto isso me faz bem
Só agora eu sei

Agora eu sei
Quem vai dizer que isso tudo é errado?
Quem vai falar palavras
duras?
Quem vai segurar minha mão?
Quem vai se perder na minha 3º intenção?
Quando eu já me perdi
Na sua

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Na sala de estar

Benzinho
Meu ego gigante quer te trazer pro lado de cá
Te trazer e te tratar
Conforme a música
No bar da bebedeira
Saideira e qualquer uma
Eu só quis te contar uma história
Anti romântica
Mas benzinho veja bem
Você também
Só quis me testar
Enquanto eu queria te servir pro jantar
Cachorro sem dono
Ou cachorro pidão
Eu mais um na esquina querendo atenção
Lato mas não mordo
Te provoco e te como
Como janta
Como planta

Eu alimento meus instintos
Primitivos
Você é aquela que queria
Agora se fazendo de oprimida
E eu dono meu da minha vida
Perco mais uma
Pouco de mim pra você
Pouco de mim pra mais alguém
Metade da metade da metade
Do que eu queria ser
Mas tudo bem eu me conformo
De outro modo
Benzinho
Não vai rolar
E nessa bagunça que eu me acho
Eu te espero amanhã pro jantar
E como não tenho mesa nem cadeira
Te como na sala de estar
Ah benzinho não duvide
Encontre outro alguém pra provocar

Das coisas que eu entendo

O que me da coragem
E ver que em volta todos são mais covarde que eu
Vida de pesadelo
Onde o barato era o sonho
Que se perdeu entre medos e vidinhas
O que me da medo
É pensar que posso ser mais um
Entre muletas e vícios
Me prender
Arriscar ainda é beira de precipício
Mas as quedas ainda vem mesmo sem o pulo

Dó relógio o que se altera é calendário
Números
Os dias são iguais passam desapercebidos
Eu e meus vícios

O que me da anciedade é repetir tudo amanhã
De novo e outra vez
Cade tudo aquilo que era sonho?
Sonhar é vital
Acordar é ato suicida
Estou sonambulo entre os dias
Ainda vou ser grande
E digo isso numa dessas faltas de sono
Em que tudo é real
Acredito em mim

E o que me da desespero
É confundir
O seguro e o certo
Cada um com sua importância
Um alimenta a vida

E o outro o Ego e o espirito
E o que me da raiva
É olhar e ver que eu ainda sou mais um

No grito

Quero erguer bandeiras na praça
Quero incendiar corações congelados
Quero um hino gritado e decorado
Da menina um beijo roubado
Lagrimas são de felicidade
E não sonhos abortados
Pros infelizes um abraço apertado
Ser dois além do espelho cortado
Quero o amor de uma irmã
O carinho de uma namorada
Quero as mãos dos meus pais
A liberdade dos acorrentados
A fiel loucura dos desajustados
Quero o braço e não a navalha
Cortando na cara
Quero miras de flecha no coração
E não janelas de vidros blindados
Amor cego na visão
Imperfeita paixão
Quero isso e isso tudo mais
O vício de viver cada segundo
Um gostinho amargo do único
Quero mais ser do que ter
E se tiver que sejas bem vindo

Dona do rio

O teu sorriso embriaga meu ego
E você nem se esforça pra isso
Devagarzinho você vem e me consome
Destrói minhas drogas e vira meu vício
Foi assim desde o início
Fica chorando baixinho até as tantas
Faz pose de boa garota
É do tipo que não se resolve
No fim da noite você já está quase sem roupa
Cada vez que você diz: Eu não posso entrar na tua vida de uma vez
Evita o que não se evita
Sofra mais por pensar em sofrer
Toda a vez que a vida lhe jogar na cara
Todo o errado que você cometeu
Lembre que ainda rolam os dados
E no fim cada um ganhou mais que perdeu
Vem me tirar das tuas mentiras
Na verdade nada nunca existiu
Faz o jogo de faz de conta
Eu contra a maré
Você dona do rio

O autor

Todo o dia é o dia,
Assim imagino a cada manhã que eu levanto,
Acordo já deitado.
De tarde como em todas as tardes já me irrito,
Levo a vida no grito,
Grito bem alto por dentro.
Meu silêncio é por vontade de falar
Falar até demais.
Pra um futuro descontente
Talvez seja o instinto o bendito silêncio.
Ouvir besteiras me mata
Como podem dar importância a isso tudo?!
Sem família e sem vontade
Esquecem de tudo
Porque não me esquecem?!.
Tento passar desapercebido,
No silêncio eu não ouço meus gritos,
Rebeldia sem causa já não cola,
Ainda mais que eu tenho causas.
Cada palavra é um grito,
Todas juntos é um tapa,
Daqueles bem servidos.
Enquanto me sirvo do que não me serve,
Com pose faço cara de agrado,
Interpreto,
Sirvo pra arte e a arte me serve,
São duas medidas na vantagem que eu levo.
Uso cada palavra, cada momento, cada pessoa,
Construo personagens sem consultar o ator,
Que agregam ao texto.
De improviso como a vida deve ser,
As vezes drama, humor fugindo do trágico,
A cada ato enceno tudo.
As vezes presto,
As vezes não,
Mas nem quero,
Me dedico ao que me importo e o resto é resto.

Meu melhor sorriso

Passo nas ruas e visto meu melhor sorriso
Embriago meu ego com elogios vindos
São bem vistos e premeditados
Rio sozinho feito louco, honro de fato como sou
Me confundo de frente ao espelho
O que sou passa longe do que quero
Filhos de putas são todos
Mau humor intolerante a beira da ignorância
Assim visto meu pior perfil
Despido de agrados, fazendo cara de macho
Cuspo assuntos e misturo com aspirina
Prozac, gardenal, tudo isso ajuda, faz virar poesia a rotina da vida
Merdas no ventilador me voltam na cara
Erro no tom e na fala
Minha língua navalha, te cuspo na cara minhas falhas
Me vejo sozinho, às vezes até que me cai bem o silencio
E quando eu divido, nem penso
Sobrevôo as estrelas, perdido no espaço
Um bagulho, disfarço, aos poucos me mato
Mas te levo, não duvide, te convenço
Me faço um favor, eu perto do fim
Perdi a noção, desconto no rim
Bebida, álcool, metanol e gim
Cigarros e adeus pulmão
Fumei minhas rotinas,
Traguei meus vícios
Soltei pelo ar da desgraça, o resto de preguiça e desfaço
De mim
Adeus não é fim
Então diga apenas enfim

Filha

Te olhando nos olhos te vejo por dentro
Teu olhar brilha
É doce e intenso
Minha imagem refletida nos teus olhos
Quanto amor em pouco tempo
Dependente de tudo
Como sabe que eu posso ser teu porto de segurança?
Sorriso banguela , como é pura, como é limpa
O que suja é o tempo , tomara que não
Te guardo enquanto posso , enquanto consigo
Te guio pelo caminho mais curto, de menor dor
Te carrego no colo e faço dormir
Te amo e é desde a idéia o nosso amor

Aqueles dias

Arrogância e prepotência,
Face arcada ao imaginário do perfeito
Pra poucos feito colarinho de cerveja
Olhos que me olham do avesso
Gatilho na ponta do meu dedo
Meu verbo corta mais que navalha na carne
Conto, em português errado, os porcos da estrada
Poemas,canções é minha praia.
Em riste para o mundo.Subsolo não é saída.
Armo barraco,consolo o fraco.
Poesia mãe amiga.
Mistura de sorriso e de risada
Raiz quadrada do desespero, me faço de figura do espelho do banheiro
Qual é a cor
Qual é cara
Me conta teus fetiches e te faço de piada
Luz de fim do tunel de cegueira da visão, vida , túmulo, costas marcadas
E o verbo que defini a oração
É maldição
É mau amada
Morta viva
Vilipendiada
Displicente no tratar.
Famosa na expressão
Samba teu altar
Aplica-se a ilusão
Reza a reza por rezar
Displicente roupa suja
Lingua nua
Vida crua
Acredita num umbigo meio teu
Centro do universo
Fora do lugar feito virgem irmã de puta
Gratidão, pena, carta branca e boca suja
Rima de éter com hetero
Aguça saliva e paladar
Bicha fodida em caco de vidro.
Constrói castelos e beija bandido
A poesia que consola e que atormente vira sopa
Feito morta levada por formiga arca a coluna só pra sentir mais uma fodida