quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Aqueles dias

Arrogância e prepotência,
Face arcada ao imaginário do perfeito
Pra poucos feito colarinho de cerveja
Olhos que me olham do avesso
Gatilho na ponta do meu dedo
Meu verbo corta mais que navalha na carne
Conto, em português errado, os porcos da estrada
Poemas,canções é minha praia.
Em riste para o mundo.Subsolo não é saída.
Armo barraco,consolo o fraco.
Poesia mãe amiga.
Mistura de sorriso e de risada
Raiz quadrada do desespero, me faço de figura do espelho do banheiro
Qual é a cor
Qual é cara
Me conta teus fetiches e te faço de piada
Luz de fim do tunel de cegueira da visão, vida , túmulo, costas marcadas
E o verbo que defini a oração
É maldição
É mau amada
Morta viva
Vilipendiada
Displicente no tratar.
Famosa na expressão
Samba teu altar
Aplica-se a ilusão
Reza a reza por rezar
Displicente roupa suja
Lingua nua
Vida crua
Acredita num umbigo meio teu
Centro do universo
Fora do lugar feito virgem irmã de puta
Gratidão, pena, carta branca e boca suja
Rima de éter com hetero
Aguça saliva e paladar
Bicha fodida em caco de vidro.
Constrói castelos e beija bandido
A poesia que consola e que atormente vira sopa
Feito morta levada por formiga arca a coluna só pra sentir mais uma fodida

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