sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Deixa de lado

Deixa de lado
Essa tristeza
Que insiste em me trazer pra terra
Para o que é real
E que nem sempre me atrai
Porque o que é gosto é sonhar
Me alimento de sonho
Me encho de esperança
Deixa de lado

Eles não sabem
Qualquer julgamento
É ato insano
Achismo avesso ao bairrismo
Amor ao umbigo próprio
Deixa que pensem
Isso é tão raro
E soliário
Quando não há ninguém pra comentar
Solitário , eu trovador
Entre meias palavras
Frases complexas
Eu me abrigo
No meu esconderijo
Um cantinho apertado
Que fica ali no seu coração
Eu me obrigo
Sempre
A ser tudo
Mas sendo pouco para cada
É exatamente aí
Em que tudo fica medíocre
Deixa que olhem
São olhos tão mais sujos
Vitrine encardida da alma
Como a descarga é o dedo que aponta
Deixa pra lá
Se isso tudo é errado
Vou errar sempre assim

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Acaso ?!

É quase meia noite
A escuridão me cai bem
Em dias Sim
Porque nós Não ?
O cinza acompanha e cobre o céu
Sou otimista por vocação
Oceano sempre no fim do rio
Carrego brilho nos olhos
E não flerto
É miopia
Por isso é que te olho assim
De olhinho meio fechado
To na expectativa
Quem leu meus textos sabe que espero mudança de vida
Positiva
E eu já as posso até tocar
Nunca achei boa a relação entre viver e sobreviver
Sempre procurei viver
A vida é isso
Ambições pequenas pra gente pequena
Penso grande
Me arrisco
E isso faz parte de todo sucesso
Sou o cara mais conhecido da minha casa
O mais popular da minha turma
O menos prepotente
E o menino que resolveu levar uma vida diferente
O moleque que não é mais tão criança assim
Sei bem o que não quero
E muito mais o que quero
Farejei o alvo
Tracei a meta
Ajustei as coordenadas
Pensei positivo e só coisas boas
Vai dar certo, é por aqui!
Sorte?
Pode até ser
Mas quanto mais vou a luta mas sorte tenho
Coincidencia?
Acaso?
O acaso pra mim é o pseudônimo de Deus quando não quer assinar a obra
Por mim tudo bem
Só continue comigo sempre
O agora otimista racional
Eu
Vou chamando os amigos pra festa
Um por um vão dizer
Não é mesmo que em sua loucura
Você teve sempre razão
Não é?!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Vivendo e apendendo ( a music preferida)

Outra história
Com um outro rosto
Outro beijo
Com o mesmo gosto
Era cedo e não podia dar certo
Lá vem um outro dia frio e incoberto
Agora veja o meu estado
Olhando o futuro
E prevendo o passado
Como alguém que não sabe o que quer
Mentindo pra todos enquanto puder
Gritar
Se foi um erro
Eu quero errar sempre assim
Gritar
Se teve começo
Que tenha fim
O tempo virou e meu as costas
Outra pergunta com a mesma resposta
Os dias são sempre iguais
O mesmo filme em todos os canais
Eu quero voar mas tenho medo de altura
O céu azul me da tontura
E caiu mas não chego ao chão
Estou certo mas perdi a razão
Gritar
Se foi um erro
Eu quero errar sempre assim
Gritar
Se teve começo
Que tenha fim
Vivendo e aprendendo a perder
Vivendo e aprendendo a esquecer
Se teve começo ...
Que tenha fim

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Lápis preto em olho escuro

Lápis preto em olho escuro
Perfeito !
Só um detalhe pra puxar os versos
Eu sou daqueles caras que sonham
Dormindo também
Mas acordado
Realizo
Piso fundo
Acelero
Eu ando bem feliz
Sabe como traçar uma rota
E descobrir que era a certa ?
Isso é arriscar
São essas coisas as que valem a pena
Só vence quem arrisca
Vejo um final de túnel com muito brilho e muita luz
E lá no fundo atrás da reta de chegada
Um podium esperando eu chegar
Calma ai que estou chegando
Trago na bagagem meus processos
Um por um relatando como cheguei até aqui
E no caminho só pra não perder o costume
Digo que lápis preto em olho escuro tem seu brilho
Mas é quase fosco perto do teu

Você é quase luz
Depois eu volto nesse assunto
Antes poucos eram os anos feitos pra mim
Agora a vida inteira me adora
E eu retribuo
Pois talvez você não me conheça
Mas eu posso te ajudar
Não sou ruim até sou bacana
Sou mais criança que sacana
E no papel de homem faço bem feito
Faço do meu jeito
E com todo respeito se duvidar..experimenta
Meus olhos falam quando minha boca cala
Eu até fico em silêncio esperando
Mas você não fala
Os bons ventos chegaram
Por fim parece primavera
Não no ar daqui de fora
Mas no meu mundo aqui de dentro
Tudo parece ser tão pequeno e ingênuo
Mas quem foi que falou
Que precisa parecer gigante pra ter força
Eu aprendi a me valorizar
Mas sou menos que você
Quem sabe aos poucos me reconstruo
Mas eu não uso lápis preto em olhos escuro



Dança Comigo

Cuidado mocinha
Eu nunca fui santo
Quem falou que era pra sempre?
Foi só por enquanto
Não adianta mais se justificar
Enquanto você demora pra curtir
Menos tempo tem pra me aproveitar
Vem me experimentar
Eu ensaio de frente ao espelho
Versos inteiros pra te impressionar
Depois na conversa
Eu esqueço o que tinha que falar
Nada me faz lembrar
Tudo o que te agrada
Sua boca me hipnotisa
Seus olhos querem me hipnotisar
Eu disfraço o romance
Voltei a ter 16
Bem feito pra mim mesmo
Quem mandou procurar
Outra maneira divertida
De bagunçar com a vida
Eu gosto mesmo de um turbilhão
De chances de dar certo
Descarto logo a negativa
O não é antes do começo
Eu então me ofereço
Sem culpa e sem vergonha
Em cada linha do meu corpo
Vem escrever a sua história
Sexo e vertigem
Mau gosto, mau gosto
Eu quero mais é que se lixem
Mas não tirem a minha corda do pescoço
Te procurando eu consigo me encontrar
Te esperando eu consigo imaginar
Um final feliz e até mesmo um começo
Entre meus 15 minutos
Entre outro tropeço .....eu vou
"Dançando onde ninguém pode me ver
Dançando pra tentar me esquecer
Dançando pra fazer você voltar

Dançando com a lua em seu lugar"

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Filtro branco

Foi no bar comprar cigarro
Nunca mais voltou
Nunca mais amor
Nunca mais
Hoje sem o vício
Nem te amar e nem cigarro
Aqui em casa ta mais limpo, mais claro
De ambiente ao ar
Como me fez bem essa sua ausência
Não pense em voltar
Prefiro te odiar
Assim me valorizo
E despreso o que nunca pudemos ser
E descarto dos meus planos
Todos os sonhos
Que nunca pudemos ter

Meu amor , meu bem me ame

Posso tão melhorar
A tua presença desperta em mim o meu melhor
Como é simples
Natural
E não temos nada
Talvez nem tenhamos
Talvez
Mas já esta bom

O Preço

Levo uma vida
Que me leva
Sem rumo pra algum lugar
E quando tenha certeza
Desmorona tudo
Como um velho muro
Como murros em ponta de faca
Na ponta do lápis
As contas
Na ponta dos dedos
O gatilho
E quem mais vier
E em noites em que não tem luar
É mais que testemunha
É o único amigo
Dessas noites que eu levo acordado
Entre seriado e 20 cigarros
Aprendo muito com isso
Ser sozinho não é fim da linha
Talvez seja só o início
Afinal de contas quem vai pagar por isso....
Minha auto afimação
Negócios, meus pactos, meus vícios?
Eu sozinho
Sempre eu sozinho

De repente azul

Tava tudo indo muito bem
Tava tudo indo muito certo
As escolhas pareciam certeiras
A estrada longa mas a viagem era tão verdadeira
De repente uma esquina, uma rua
De repente cabelos, boca e sorriso
De repente eu já não sei o que sinto
De repente pensamentos
Sem querer me peguei mentindo
De repende me vi fixado em teu brilho
Flecha no alvo e cabelo na testa
Quem le o texto acha que ele não presta
Mas é sempre assim
Tem um começo mas não precisa ter fim
No labirinto eu busco um atalho
Vamos lá fora dividir o cigarro
De repente alguém sorriu pra mim
Sem intenções
Mas ninguém nunca sorriu assim
Hoje eu até consigo rimar
Primeira intenção com a terceira
Pouco tempo com o quase já
O agora com o não da pra esperar
E eu ator
Não consigo interpretar
Quem me olha me adivinha
Olhos castanhos não esta sozinha
O oasis virou sombrinha
Luz, camera e ação
Já não sinto meus pés no chão
Até perdi a razão
Ouço alguém falar de amor
Enquanto outros buscam paixão
Uns chamam de calor
Enquanto outros chamam de tesão
Pode até ser que seja só mais uma
Viagem daquelas que a gente procura
Pode até ser ou não
Caminho certo mas sem direção
E entre o sim e o não
O Talvez seja uma grande opção