sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O amargo

Triste o entardecer
Anuncia o fim do dia
De eterno nem o céu
Nem o Sol
Nem o amor, posto que é chama
O frio do entardecer inflama a ferida aberta chamada coração
E engana
Ainda mais
Quem vive de ilusão
Da certeza do certo
Da direção dos olhos cegos
Cegos de paixão
A noite negra como a morte
Vem sem anunciação
Amando a mal amada
Amargurada de solidão
O só, o solto e o leso
Lesado te partilha o não
Já nua sem amor e sem afeto
Te vinga à mão aberta sem razão
De recompensa um sorriso discreto
ParadoxoAmor que não amor
Jura que ama eternamente
Vive intensamente cada estação
Com saudade do frio que já foi verão
Se pedis pra voltar
A noite ainda mãe da solidão
Ignora outro filho
Dorme a noite sem silêncio
Nua sob o olhar da tua negação


( essa poesia é de 2003 )

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